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Gravura “Oliveira” de Christine Enrègle

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De 1 a 31 Dezembro 2023

Fundado em 1985, o Centro Português de Serigrafia (CPS) é uma entidade de cariz cultural que tem como missão facilitar o acesso a obras de arte de grande valor, editando, promovendo e divulgando a Obra Gráfica Original de artistas contemporâneos, portugueses e estrangeiros.

O CPS segue um modelo editorial eclético e formativo, dos grandes mestres portugueses aos jovens artistas emergentes, materializado numa coleção ímpar de mais de 3.600 obras, sendo hoje reconhecido internacionalmente como um dos mais conceituados editores de obras de arte.

O Atelier CPS no passado mês de julho recebeu a artista francesa Christine Enrègle para realizar uma residência artística em gravura e litografia.

O resultado foi uma admirável gravura trabalhada a partir de fotografias e desenhos da oliveira do Rossio, em Lisboa.

Depois de ser apresentada em Bilbao, em Espanha, na XIIe edição da Fig – Festival Internacional de Grabado y Arte sobre papel, a gravura será exposta ao publico durante o mês de dezembro nas galerias do CPS, em Lisboa: na sede que funciona na Rua dos Industriais nº6 e na galeria do Centro Cultural de Belém – CCB.

 

Foto: Christine Enrègle

Oliveira, 2023

Água-forte sobre cobre, 90 x 60 cm

 

 

Christine Enrègle, artista plástica, doutora em Artes plásticas da Universidade Paris 1, Panthéon-Sorbonne desde 2008, é professora des Artes visuais na Escola superior de Design, Condé, em Paris. Durante o doutoramento, recebeu bolsas universitárias para estudar no Brasil, na Escola de Belas artes de Belo Horizonte (Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG). Primeira artista em residência no Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 2004, apresentou instalações in situ numa exposição individual no mesmo jardim.

Desde 2017, participa em varias residências artísticas em França e no estrangeiro, em particular em Lisboa onde apresentou seus desenhos numa exposição individual em 2020 na Sociedade Nacional de Belas Artes onde recebeu uma Menção Honorosa no Salão dos sócios 2020, no âmbito do programa “Lisboa Capital Verde Europeia”.

Em 2022, apresentou duas outras exposições individuais em Lisboa, programadas no âmbito da Temporada Portugal-França: na Sociedade Nacional de Belas Artes e na Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa.

Participa tambem em varias exposições individuais e coletivas em França, Portugal, Brasil, China e Coreia do Sul. Em 2017, recebeu o Primeiro Prêmio na exposição internacional organizada em Seul pela Korean Society of Color Studies e em 2022 o Prêmio Especial na exposição internacional organizada pela Korean Society of Design Studies.

A sua abordagem artística é orientada para a prática da paisagem considerada como material, cujos elementos recolhidos, deslocados e transformados, constituem a matriz das suas instalações.

Desde 2017, privilegia o desenho a carvão vegetal sobre tela e se interessa pela metamorfose das plantas, especialmente pelo crescimento da árvore cujo carácter orgânico sublinha. Seus desenhos são vividos como o resultado (o “precipitado “) de um encontro entre o vegetal e o humano, que estas formas orgânicas revelam. Questionam o lugar dado ao vegetal nas nossas sociedades ocidentais e o modo de relação que mantemos com ele.

Depois de ter trabalhado nos vários jardins de Lisboa a partir da Ficus macrophylla encontrada pela primeira vez no Brasil em 2003, se volta para a figura da oliveira que atravessa séculos, culturas e religiões na Europa e no Médio Oriente.

Artes visuais