“Mar Aberto” de Nicolas Floc’h
Ao longo das últimas três décadas, Nicolas Floc’h tem vindo a construir uma trajetória artística de grande coerência temática e estética, alcançando um significativo reconhecimento institucional e crítico. O seu trabalho mobiliza as potencialidades da fotografia subaquática na descoberta de novos imaginários artísticos. As suas fotografias revelam uma dimensão poética, de enorme proficiência técnica e estética, estabelecendo uma perceção sensível sobre a natureza, a biodiversidade e os fenómenos ecológicos.
A convite do MAAT, o artista fez uma residência de dez dias no Estuário do Tejo, entre o Bugio e Castanheira do Alentejo, no verão de 2022. Durante este período, o artista teve oportunidade de explorar várias paisagens e ecossistemas submarinos, exprimindo uma atitude artística que veicula questões prementes relacionadas com a defesa do ambiente e da sustentabilidade do planeta.
O projeto terá um prolongamento no arquipélago dos Açores, na zona das fontes subaquáticas hidrotermais, em colaboração com a Universidade dos Açores e no decurso de uma residência na estrutura artística Arquipélago, na ilha de São Miguel.