
As Novas Fronteiras da Tradução

No âmbito da promoção das Indústrias Culturais e Criativas em Portugal, o Institut français du Portugal organiza, em 2025, um ciclo de encontros dedicados à tradução. O primeiro terá lugar no Festival Folio, com o seminário intitulado “As novas fronteiras da Tradução”, a realizar-se nos dias 17 e 18 de outubro, em Óbidos.
O seminário aborda os desafios contemporâneos da tradução, atravessando questões de diversidade linguística e identitária, línguas minoritárias, memória cultural e tecnologias digitais. Reflete sobre a tradução enquanto prática crítica, ética e inclusiva, capaz de preservar sentidos, histórias e subjetividades muitas vezes silenciadas.
17.10.2025 – Óbidos Chocolate House
17.10.2025 – 15h00 – Conferência inaugural: Tiphaine Samoyault
Tiphaine Samoyault inaugura o seminário refletindo sobre a tradução como espaço de encontro entre culturas, literaturas e línguas e como possibilidade política de construir mundos comuns. A partir de Traduction et violence, aborda dilemas e ambiguidades da tradução num tempo de profundas transformações tecnológicas.
17.10.2025 – 15h20 – Diálogo entre Tiphaine Samoyault e Pierre Singaravélou
Tiphaine Samoyault e Pierre Singaravélou, historiador francês especialista em impérios coloniais e globalização, exploram a tradução como prática cultural, política e histórica. A conversa destaca o encontro e o conflito, a memória e a resistência, abordando as heranças coloniais e os desafios colocados pelas tecnologias contemporâneas.
17.10.2025 – 16h30 – Traduzir é Escrever: Mesa-redonda com tradutores/as
Moderada por Rosa Azevedo, Inês Fraga, Nuno Quintas e Thiago Ponce de Moraes discutem o papel do tradutor como mediador cultural e político. O debate aborda práticas editoriais, desafios éticos e estratégias de visibilidade, refletindo sobre colaboração, valorização da tradução e a participação ativa no diálogo literário e na circulação cultural.
17.10.2025 – 18h00 – Peças que Faltam: Henri Lefèbvre com Afonso Dias Ramos
Em diálogo com Afonso Dias Ramos, Henri Lefèbvre evoca, em As Peças que Faltam, obras de arte, filmes, poemas e cartas que foram perdidos ou nunca existiram. O livro é um catálogo encantatório do que já não é ou nunca foi, narrando histórias que não podem ser vistas, ouvidas, lidas ou habitadas, explorando memória, ausência e imaginação.
18.10.2025 – Tenda Vila Literária
18.10 – 11h30 – Nossos monstros são como nós: Abdellah Taïa com Lila Vivo
Lila Vivo, das Fado Bicha, dialoga com Abdellah Taïa, escritor e cineasta marroquino, sobre identidade, sexualidade e memória pós-colonial. Escrevendo em francês, Taïa explora as relações de poder inscritas na linguagem e recorre ao corpo e a elementos primordiais para narrar experiências árabes, migrantes e queer na Europa.
Operação apoiada pelo Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros e pelo Institut français, no âmbito da estratégia de promoção internacional das indústrias culturais e criativas através do dispositivo PICC.