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Livros – Estreias do mês de outubro de 2025

 

Vida, Velhice e Morte de uma Mulher do Povo de Didier Eribon

A velhice e a doença são estados de dependência. Não apenas individual, mas social e política. Após a morte da mãe, Didier Éribon parte do caso um particular e familiar para uma análise mais ampla. A dimensão testemunhal ganha aqui uma dimensão teórica e não meramente circunstancial. Didier Éribon retoma neste livro o questionamento iniciado em Regresso a Reims, depois da morte do pai. Revisita a vida da mãe, nomeadamente os períodos em que ela foi empregada doméstica, operária e depois reformada, captando-a em toda a sua complexidade, desde a sua participação em greves até ao seu racismo obsessivo. A velhice torna-se assim o ponto de partida para uma inquietante reflexão pessoal e política.

 

 

 

 

 

O Colapso de Édouard Louis

«O meu irmão passou uma grande parte da sua vida a sonhar. No seu mundo pobre e operário, onde a violência social se manifestava muitas vezes na forma como limitava os seus desejos, ele imaginava que se tornaria um artesão mundialmente famoso, que viajaria, que faria fortuna, que repararia catedrais, que o seu pai, que tinha desaparecido, regressaria e o amaria. Os seus sonhos chocavam com o seu mundo e ele não conseguia realizar nenhum deles. Queria sobretudo fugir da sua vida, mas ninguém o tinha ensinado a fugir, e tudo nele, a sua brutalidade, o seu comportamento com as mulheres e com as outras pessoas, o condenava; as únicas coisas que lhe restavam para esquecer eram o jogo e o álcool. Aos trinta e oito anos, após anos de fracasso e depressão, foi encontrado morto no chão do seu pequeno estúdio. Este livro é a história do seu colapso.»

 

 

 

Ladivine de Marie NDiaye

Todos os meses, há um dia em que Clarisse Rivière — ou melhor, Malinka — deixa o marido e a filha, apanha um comboio em segredo e vai visitar a mãe — Ladivine —, que a criou sozinha, na periferia de Paris, quando não estava a trabalhar nas limpezas. Anos antes, Malinka mudara de cidade e de nome e, durante muito tempo, manteve um jogo duplo: a sua nova família desconhecia a existência de Ladivine. Até que, abandonada pelo marido, Malinka/Clarisse procura conforto num homem perigoso, que precipitará uma tragédia.

 

 

 

 

 

A Pessoa e o Sagrado de Simone Weil

Neste ensaio, Simone Weil explora o valor intrínseco e a sacralidade do ser humano, em contraste com as forças impessoais das coletividades e dos sistemas. Weil defende que cada indivíduo possui uma expetativa inata de ser objeto do bem — e não do mal —, e argumenta que é essa expetativa que o torna sagrado.

 

 

 

 

 

 

A Escrita como uma Faca de Annie Ernaux

Durante cerca de um ano, sem qualquer regularidade ou guião predefinido, o escritor Frédéric-Yves Jeannet enviou a Annie Ernaux perguntas e reflexões sobre os seus textos. Foi este o ponto de partida para A Escrita como uma Faca, um relato introspetivo sobre o modo como a autora de Os Anos e O Acontecimento olha para a palavra e o seu registo e, em particular, a sua missão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Livro
Institut français du Portugal